Você já teve aquela sensação de indisposição ao comer ou beber demais? Pois o carro também está sujeito a efeitos colaterais se receber combustível além do ideal. O correto é parar o abastecimento assim que a bomba se desligar pela primeira vez. No entanto, muitos frentistas têm o costume de não respeitar o “clique” do gatilho e forçar o enchimento além desse limite.
Essa prática pode, por exemplo, danificar o cânister, filtro de carvão ativado cuja função é evitar que os vapores do combustível cheguem à atmosfera.
De acordo com o engenheiro mecânico Rubens Venosa, da oficina Motor-max, além de evitar a poluição do ar, o sistema antievaporativo (do qual o cânister faz parte) melhora a combustão do motor, porque reaproveita os vapores que seriam dispersados no ambiente.
O problema é que, com o tanque muito cheio, parte do combustível pode ir para o cânister, encharcando e inutilizando o filtro. “Se o carvão ficar saturado de gasolina ou etanol, perderá sua função”, adverte Venosa. “Trata-se de um componente com vida útil de cerca de 150 mil km, mas, se encharcar, já era.”
Segundo o engenheiro, poucos veículos são capazes de detectar a falha e informar o motorista por meio da luz espia de injeção no painel. “O carro continua funcionando normalmente, mas exalando cheiro de combustível”, diz Venosa.
O tamanho do prejuízo
Segundo ele, modelos como os Volkswagen Jetta e Tiguan 2.0 turbo têm apresentado a falha com frequência. Para esses carros, a peça custa R$ 1.300, além de R$ 200 da instalação.
O preço do serviço depende do tipo de veículo. Na Fukuda Motorcenter, para um Gol o reparo sai por cerca de R$ 300 se o componente for adquirido em lojas de autopeças independentes. Se for comprado em concessionárias VW, o custo pode variar de R$ 800 a R$ 1.000.
Link para o texto original: Clique aqui
Texto: Hairton Ponciano/ Jornal do Carro
Foto: Divulgação