O que é uma Sonda Lambda ou Sensor de Oxigênio?
A Sonda Lambda, também conhecida como Sensor de Oxigênio está localizado no escapamento do veículo e sua principal função é analisar a quantidade de oxigênio presente nos gases liberados pelo motor.
Para que serve a Sonda Lambda ou Sensor de Oxigênio?
Esse sensor serve para coletar informações sobre a queima de combustível e enviar ao ECM do motor.
Motores de combustão interna (Ciclo Otto, Diesel ou GNV) só conseguem funcionar se houver oxigênio, combustível e calor (combustão ou queima é uma reação exotérmica, ou seja, ocorre de dentro para fora). Sem esses elementos não é possível obter a explosão interna necessária para o seu funcionamento.
Mas o grande desafio está em obter a mistura ideal entre combustível e comburente, no caso o oxigênio, chamada de mistura estequiométrica (Fig.02), onde entra a Sonda Lambda mostra sua função, medindo a quantidade de oxigênio resultante da queima. Se a mistura estiver pobre (entrada de oxigênio maior que de combustível) ou rica (entrada de combustível maior que de oxigênio), o Sensor envia um sinal elétrico (Milivolts) a unidade gerenciadora da Injeção eletrônica (ECU ou ECM). Conforme o sinal enviado pelo Sensor a ECU injeta mais ou menos combustível para aquela situação de funcionamento do motor, assim é possível ter um melhor desempenho do motor, maior economia de combustível e menor emissões de poluentes.
Exemplo: Gasolina Pura: para queimar totalmente precisamos de 14,7 partes de AR, para 1 (uma) de COMBUSTÍVEL. Esta proporção deve ser alterada de acordo com diferentes condições, quer ambientais, temperatura, pressão, umidade, quer do próprio funcionamento do veículo, rotação, temperatura do motor, variação de potência desejada, entre outras.
Sensor de Oxigênio ou Sonda Lambda?
O nome correto e abrangente para todos os tipos deste produto é SENSOR DE OXIGÊNIO. Ele mede exatamente esse gás presente na combustão independente do combustível.
Quando a mistura está rica (muito combustível), a tensão gerada em Volts pelo sensor é alta (900 milivolt), nesse instante o computador para de injetar combustível e a mistura fica pobre (muito oxigênio). O sensor então informa a ECU com uma tensão baixa (50 milivolts) e neste instante o computador volta a injetar mais combustível. Esse movimento de transição entre rico e pobre lembra a letra grega Lambda (λ).
Veja no gráfico abaixo, e por esse motivo, foi adotado esse nome ao sensor. Só que com os novos modelos de sensores existentes hoje também, chamados de Banda Larga, não são mais chamados de Lambda e sim somente de Sensores de Oxigênio.
O que é Fator Lambda?
A letra Lambda também foi utilizada para definir o Fator Lambda (λ) que corresponde a razão de equivalência na relação ar-combustível real (que está acontecendo no veículo naquele momento) entre a relação considerada ideal ou estequiométrica para uma mistura.
Fator Lambda (λ) = relação real – ar/combustível
relação ideal – ar/combustível
Relação ar/combustível ideal
- Gasolina: 14,7:1 (14,7 partes de ar para 01 parte de gasolina)
- Etanol: 9,0:1 (9,0 partes de ar para 01 parte de etanol)
- Diesel: 15,2:1 (15,2 partes de ar para 01 parte de diesel)
Dessa forma podemos concluir que quando uma mistura tem mais ar do que o especificado na tabela acima dizemos que λ>1 ou que a mistura está pobre. Já quando a quantidade de ar está abaixo da especificada dizemos que λ<1 ou que a mistura está rica.
De que é feito o Sensor de Oxigênio?
O Sensor de Oxigênio é composto por um material cerâmico interno chamado Dióxido de Zircônio com um revestimento poroso de platina e é protegido por um invólucro metálico. A sua atuação baseia-se na alteração das propriedades da cerâmica a altas temperaturas permitindo a difusão do oxigênio do ar.
Opera em função da diferença da concentração de oxigênio entre o gás de escape e o ar externo, gerando-se uma tensão de 50 mV até 900 mV.
A sonda tem uma limitação: para iniciar o seu funcionamento e é necessário que esteja aquecida a cerca de 300°C. Nas sondas mais antigas eram os próprios gases de escape que as aqueciam, tornando-se necessário aguardar vários minutos até que o sensor pudesse ser colocado em funcionamento. Atualmente existem resistências de aquecimento situada junto à cerâmica que permite o aquecimento em até 10 segundos, mesmo quando os gases de escape estejam a uma temperatura baixa.
Quantos Sensores de Oxigênio possuem o veículo?
Normalmente é localizado no coletor de escape próximo ao motor e antes do catalisador. Nesta posição o sensor controla a mistura entre combustível e oxigênio.
Após 2010 foi criado o protocolo OBD-Br2 que obriga a utilização de um segundo Sensor de Oxigênio após o catalisador. Este agora monitora o funcionamento do catalisador, avaliando sua função de converter gases nocivos como CO e HC em H2O e CO2.
Quais os tipos de Sensores de Oxigênio encontrados nos veículos?
Hoje a maioria dos carros no Brasil possuem os seguintes modelos de Sensores de Oxigênio:
1 – Sonda Lambda | DEDAL – Finger ou Convencional
São disponíveis em 1,2,3 ou 4 fios dependendo do projeto de construção. Os veículos mais novos devido a legislação utilizam a de 4 fios , pois com o aquecedor interno o Sensor começa a funcionar em aproximadamente 40 segundos.
2 – Sonda Lambda | Planar
Somente com 4 fios e uma construção da cerâmica diferente promove um aquecimento mais rápido, cerca de 15 segundos em relação a Finger. Assim começa mais rápido o monitoramento da mistura ar/combustível.
3 – Sonda Lambda | Sensor Banda Larga – 4 fios
Conhecido como Sensor AF ( Air Fuel – Relação Ar/Combustível em inglês ) este sensor é mais preciso para medir e buscar a mistura ideal . Consegue monitorar o quanto está rico ou pobre, diferente do Finger e Planar. Mais utilizado em carros asiáticos como Honda, Nissan e Toyota.
4 – Sonda Lambda | Banda Larga – 5 fios
Assim como o Sensor A/F, consegue monitorar a condição melhor de mistura conforme a condição do veículo.
5 – Sonda Lambda | Planar Nova Geração
A Nova geração de Planar é diferente pois não possui a Câmara de Referência! O Sinal é gerado eletronicamente pela ECU. Outra diferença é o Fio Vermelho em um dos fios do aquecedor.
Como sei qual Sensor de Oxigênio vai em que veículo?
Hoje é muito complicado definir qual o sensor correto. Mas elaboramos um material bem detalhado, explicando cada tipo. Seguir o roteiro do folheto “7 Passos” é o melhor caminho!
Aprenda a identificar o tipo utilizado pelas recomendações e testes cuidadosamente realizados e não erre mais na aplicação!
Como encontrar o Sensor de Oxigênio pelo Catálogo?
Busque em nosso Catálogo pelo modelo, ano e motor, seja no impresso ou no on-line!
Veja também as Dicas de Sensor de Oxigênio
Mitos ou verdades!
O Sensor de Oxigênio funciona como se fosse uma pilha?
Exatamente isso, a cerâmica existente dentro do Sensor se transforma, acima de 300°C em um condutor de íons de oxigênio. Assim gera uma tensão em milivolts parecido com uma pilha. Esta tensão que varia de 50 a 900mv é enviada para unidade de comando para que seja feito os cálculos usando como base o fator lambda.
Se a luz do painel de Injeção está acessa, pode ser a Sonda Lambda?
Quando a luz do painel estiver acesa, pode ser sim a Sonda Lambda, mas também diversos sensores da Injeção Eletrônica! Para saber, leve à sua oficina mecânica de confiança e veja pelo scanner qual é o sensor que está acusando. Se for a Sonda, o reparador vai analisar o veículo antes de trocar, pois diversos fatores podem ocasionar o estrago do componente: Queima de óleo, combustível adulterado, bico injetor vazando são alguns dos sintomas.
Siga as recomendações da sua oficina. Veja os tipos mais comuns de contaminação na Sonda Lambda:
Posso usar o Sensor Universal?
Pode utilizar sim, mas em casos muito específicos. Recomendamos quando não encontra o Sensor específico, principalmente para veículos importados. Mas cuidado na hora da instalação:
Guia Definitivo de Sensor de Oxigênio / Sonda Lambda
Neste guia, é possível encontrar todos os materiais técnicos, cursos, catálogos, vídeos e dicas que temos para essa linha de produtos, tão importante para o bom funcionamento do veículo.